A aliança entre tecnologia, integração institucional e compartilhamento de informações foi saudada pela rede de televisão “CNN en Español” como a marca do Programa de Identificação de Vítimas (PIV), elaborado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Em reportagem que foi ao ar sábado (21/08), o canal informou que, só na capital do Rio de Janeiro, 100 pessoas desaparecem por mês, mas que, graças à iniciativa do MPRJ, é cada vez maior o número de identificados.
Depois de revelar a triste realidade de quem tem parentes desaparecidos, a reportagem da CNN mostrou as instalações do Núcleo de Apuração Criminal (NAC) e do laboratório policial (considerado a “peça chave” do programa) e ressaltou o caráter inovador do PIV. Em entrevista, o Coordenador do NAC, Procurador de Justiça Rogério Scantamburlo, explicou que, “entre o desaparecimento e o encontro de cadáveres, há uma série de procedimentos de inteligência, que fazem parte do sistema do PIV”.
Também integrante do NAC, o Promotor Pedro Borges explicou que, além da luta contra a criminalidade, o programa tem um forte cunho humanístico, buscando resposta para muitas famílias: “O mais importante do projeto é resgatar a trajetória dos desaparecidos, que não estão oficialmente mortos, mas que não se sabe onde estão”.
No PIV, atuam em parceria com o MPRJ instituições como IFP, DETRAN, ICCE, IML e IPPGF (Perícias Genéticas), hospitais da capital, coordenações gerais do Departamento Geral de Polícia Técnica e Científica (DGPTC) e Coordenação das Delegacias de Acervo Cartorário (CDEAC). De forma integrada, a identificação de cadáveres, por meio de mostras de material genético, e com o cruzamento de informações, é feito de forma rápida e sem burocracia.
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