quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Justiça condena acusada de homicídio em caso onde o PIV localizou provável corpo da vítima.

 
O Tribunal do Júri de Cachoeiras de Macacu condenou Ângela Maria de Sá Mello a 20 anos de prisão por homicídio, 4 anos por estelionato e 2 anos por ocultação de cadáver. A mulher era acusada da morte do ex-marido, o comerciante Jorge Rodriguez Maia, desaparecido aos 61 anos, em 2004, em Cachoeiras de Macacu.

Ângela Maria não vai poder recorrer em liberdade. O julgamento havia sido adiado a pedido do Programa de Identificação de Vítimas (PIV) do Ministério Público, que achou um corpo que pode ser da vítima. O objetivo é exumar e fazer exame de DNA, só que o exame não foi feito a tempo do novo júri, uma vez que somente foi deferido um período pouco maior que 30 dias. O MP fez novo pedido de adiamento, mas o juiz indeferiu.

Mesmo assim a ré foi  julgada e condenada pelo corpo de jurados por todos os crimes imputados pelo MP.

O outro acusado do assassinato, o pastor evangélico Gérson Aprígio Lima, de 32 anos, foi julgado — e absolvido — em 2009, exatamente porque não havia corpo. O inquérito da Delegacia de Homicídios (DH) concluiu que Jorge foi assassinado por insistir em cobrar uma dívida de R$ 14.500 de Gérson, que seria amante de Ângela, segundo a investigação.

_ Vale a pena acreditar na Justiça, mas ainda não consegui enterrar o corpo do meu pai dignamente. Não vou descansar até achar o corpo dele _ disse Daniele Vallado, filha da vítima.
Vale consignar que até as 22:00h do dia anterior do julgamento o PIV mantinha contato com o Promotor de Justiça responsável pelo inquérito de Rio das Ostras que encontrou o cadáver  e com a Promotora de Justiça responsável pelo Júri em Cachoeiros de Macacu, estabelecendo as estratégias de ação.

Muito embora não se tenha ainda o resultado do exame de DNA, cremos que a postura combativa e presente das instituições tenha sido capaz de influenciar positivamente o pensamento dos jurados.

(Fonte: Jornal Extra 16/12/2010 e PIV).

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