PLID participa da segunda Ação da Casa de Direitos na Cidade de Deus
Somente polícia não basta. As comunidades pacificadas necessitam de políticas públicas que estimulem a cidadania. O alerta já dado foi pelo
Secretário Estadual de Segurança Pública,
José Mariano Beltrame. Agora, uma iniciativa que tem parceria do
Ministério Público do Rio de Janeiro começa a tirar as ideias do papel. Trata-se da
Ação Casa de Direitos, realizada pela segunda vez na
Cidade de Deus – a primeira área contemplada – no dia 2 de julho.
O
Projeto de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID) montou, no local, uma estrutura com laptops conectados à internet e equipamentos de digitalização. Além disso, 1.500 flyers com informações sobre a atuação do PLID foram distribuídos. Objetivo: fazer com que a população seja parceira na identificação de cemitérios clandestinos e pessoas desaparecidas.
Mas os frutos da ação serão colhidos em médio prazo, avalia o
Promotor de Justiça Pedro Borges Mourão. Segundo ele, as pessoas ainda precisam adquirir confiança no Projeto, “o que acontece aos poucos”. Ainda de acordo com o Promotor, a oportunidade foi boa para estreitar laços com a
Defensoria Pública.
“Podemos atuar em conjunto no atendimento a demandas originadas de desaparecimentos e mortes sem identificação que também são recebidas por esta instituição”, ressalta.
Além do PLID, o MPRJ levou outros quatro projetos institucionais à Cidade de Deus:
Ouvidoria Itinerante,
Em Nome do Pai,
Campanha Quem Cala Consente e
MP na Escola.
A meta é que todas as comunidades pacificadas do Rio recebam ações como esta, que é realizada pela Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os governos estadual e municipal e outros órgãos do Poder Judiciário, além do Departamento Nacional de Trânsito (Detran) e o Procon.
“Este é o complemento da pacificação. Além de garantir a segurança, o Estado tem de prover cidadania”, conclui o Promotor Pedro Borges Mourão.